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Você não está só...

Âncora 1

O que é o Luto?

Uma das formas de auxiliar pessoas com transtornos mentais ou dificuldades significativas consiste em proporcionar-lhes a sensação de que não estão sozinhas. Enfrentar uma adversidade ou perda já é bastante desafiador e fazê-lo sozinho torna a situação ainda mais embaraçosa. Por isso, ressalto a importância de se conectar com aqueles que experimentaram ou estão passando pelo mesmo sofrimento que você.

É tranquilizador saber que não fomos nós os "escolhidos" a sofrer com o luto, que não fomos os mais azarados desta vida, conforme posso afirmar com segurança, pois outras pessoas já superaram o luto e estão disponíveis para compartilhar dicas e experiências a fim de contribuir para a superação da dor.

Encontrar um grupo de apoio ou um ambiente onde se possa lembrar que não está sozinho pode ser de grande valia. Uma outra alternativa é pesquisar na sua cidade, em uma comunidade religiosa ou nas redes sociais por pessoas que enfrentaram ou estão enfrentando conflitos semelhantes e, dessa forma, superar o luto de maneira mais saudável.

Se estiver lutando e experimentando intenso sofrimento, não hesite em buscar apoio psicológico. A psicoterapia pode ajudá-lo a aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.

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Chamamos de luto a um estado emocional específico, que se inicia pela ameaça ou rompimento de um vínculo de amor e se caracteriza como um período de enfrentamento da dor da perda.
Frequentemente associamos o luto à morte de alguém a quem se ama, pois, a morte é o rompimento mais definitivo de um laço de amor que podemos viver. No entanto, o processo de luto também se dá por outros motivos como uma separação, pela perda do animal de estimação, por diagnósticos de doença, quando a estabilidade física é ameaçada ou em casos onde o corpo foi realmente afetado por algum tipo de intervenção, como a perda de um membro, cicatrizes, etc.
Além disto, o luto também pode acontecer, quando uma pessoa perde seu emprego ou vive uma falência financeira, tendo sua vida modificada e planos futuros ameaçados.
O processo de luto é composto por vários sentimentos que se misturam e intercalam de forma pouco organizada, podendo provocar instabilidade emocional, cognitiva e orgânica de quem passa pelo processo.
Sentimentos como tristeza, desânimo, culpa, raiva, medo, ansiedade, dificuldade para dormir, acordar ou se concentrar, desinteresse pelas coisas cotidianas, choro repentino, falta de apetite ou comer em excesso, insegurança, pensamento recorrente a situação acontecida, são característicos ao luto – e podem se transformar em um problema mais grave, quando se tornam intoleráveis, provocando muito sofrimento e um excesso de mal-estar na pessoa enlutada.
É importante colocar que o luto é um processo individual e singular, isto é, somente quem passa por uma situação de perda pode avaliar o que ela significa e o quanto dói em si.
Cada sujeito reage à sua forma ao luto. Não existe uma receita que ensine a maneira de lidar com os sentimentos que ele ocasiona e que sirva igualmente a todos. Algumas pessoas conseguem enfrentar sozinhas a tristeza da perda, contando com a ajuda de familiares, amigos, fé; já outras, além disto, precisam também de ajuda especializada como a de um psicólogo/a, e isto não errado, nem feio e, muito menos, sinal de fraqueza.
Buscar ajuda psicológica para enfrentar as dores emocionais pode ser um indicativo de força, de vontade de não sucumbir a dor e de não se conformar diante de um sofrimento, que pode paralisar e desestruturar a vida.
Encontrar um espaço adequado para falar dos sentimentos é um investimento que pode trazer alívio para a dor e ânimo para seguir a diante, para recomeçar ou para mudar o rumo frente aquilo que está causando sofrimento.



Ana Maria Dall’Agnese
Psicóloga – CRP 07/12528
Especialista em Atendimento Clínico Psicanalítico
Atendimento psicológico a crianças, adolescentes e adultos

Grupos de Apoio.

O Grupo de Apoio ao Luto tem como objetivos:
– Apoiar a vivência da experiência de perda e luto.
– Fomentar a partilha de experiências e apoio entre pessoas em processo de luto.
– Promover aprendizagens sobre a vivência de dor/ luto vivida pelo grupo: teremos sessões dedicadas à psicoeducação e potenciação/desenvolvimento de recursos em grupo e serão abordados alguns temas de interesse relacionados com a vivência de luto e perda.

O processo do luto.

As fases do luto são componentes essenciais do processo de aceitação das perdas. É um tanto peculiar que nós, como seres humanos, temos consciência da finitude da nossa existência, mas não é costumeiro estar pronto para ela. 

As perdas normalmente atingem as pessoas em cheio, causando lágrimas, arrependimentos, desespero e depressão. Essas são reações normais, esperadas e necessárias para aliviar a tristeza causada pela morte de alguém querido. Todavia, será que elas seriam mais brandas se houvesse a compreensão e a aceitação da eminência da morte? 

A verdade é que são poucos os que estão preparados para lidar com as perdas. 

O processo de luto ainda é um tabu. A maioria prefere deixar para se preocupar com isso no momento exato do acontecimento. Por conta das muitas superstições que circulam pelo Brasil, algumas pessoas até temem “chamar a morte” simplesmente por tocar neste assunto!

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O Grupo de Apoio ao Luto tem como objetivos:
– Apoiar a vivência da experiência de perda e luto.
Chamamos de luto a um estado emocional específico, que se inicia pela ameaça ou rompimento de um vínculo de amor e se caracteriza como um período de enfrentamento da dor da perda.
As fases do luto são componentes essenciais do processo de aceitação das perdas.
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Uma das coisas que ajudam pessoas com qualquer transtorno mental ou dificuldade significativa, é elas saberem que não estão sozinhas. 
A primeira pessoa a falar sobre as cinco fases do luto foi a psiquiatra suíça-americana, Elisabeth Kübler-Ross (1926 – 2004). 

 
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Cuidando de alguém em luto.

- Mandar mensagens de carinho todo dia de manhã;
- Adotar a prática de “1 abraço por dia”;
- Deixar um chocolatinho surpresa na portaria do prédio da pessoa;
- Oferecer ajuda para cuidar dos filhos, bichos ou plantas;
- Oferecer ajuda para arrumar a casa e deixá-la mais agradável;
- Se o problema for um ente querido hospitalizado, oferecer companhia para visitas ou até mesmo para dormir no hospital;
- Convidar essa pessoa para um almoço gostoso;
- Ser um ouvinte paciente e empático;
- É importante fazer a própria pessoa se sentir querida e compreendida mesmo que o foco de toda a família e amigos seja alguém doente;
-Se for colega de trabalho, oferecer apoio em tarefas do dia a dia e até mesmo para cobrir reuniões e afins que a pessoa não pode ou precisa          comparecer;
- Se for chefe, ser compreensivo e permitir uma flexibilidade de horários;
- Convidar essa pessoa para fazer algo lúdico/artístico juntos: pintar umas telas, escrever uma história, cozinhar algo gostoso…
- Presentear essa pessoa com algo que você mesmo fez, pensando e colocando energias positivas naquilo;
- Se morar longe, pegar o primeiro ônibus/carro/avião para abraçar essa pessoa e oferecer um ombro amigo quando a coisa apertar;
- Oferecer ajuda logística para resolver algo ou alguma burocracia que a pessoa não pode por motivos de trabalho, distância ou incapacidade de lidar mesmo;
- Se for médico, psicólogo ou terapeuta holístico, oferecer ajuda técnica pelo bem estar da pessoa;
-Incluir a pessoa e o contexto do momento difícil em suas orações, rezas e afins;
- Se mostrar empático sem comparar dores. Ter a consciência de que mesmo que você já tenha passado por uma situação semelhante, cada pessoa reage aos problemas da vida de forma diferente. Evitar o clichê “sei como você se sente”;
- Deixar um bilhetinho em que diga o quanto você admira o fato de que a pessoa está sendo forte e sobrevivendo ao momento turbulento;
- Convidar essa pessoa para afofar bichinhos – se ela gostar – e/ou dar um passeio em meio à natureza;
- Indicar técnicas e/ou aplicativos de meditação e outras práticas que promovem o bem estar;
- Promover um momento de “descompressão” com a pessoa: seja por um final de semana ou um dia. Vale convidar pra fazer uma curta viagem ou um passeio cultural em que o problema fique em segundo plano;
- Nunca julgar as lágrimas ou o sofrimento dessa pessoa, mesmo que você ache que reagiria de forma diferente;
- Cuidar de familiares quando a pessoa querida está sem forças para apoiar os outros além de si mesma;
- Preparar um chá ou um chocolate quente para acalmar o coração agitado;
- Convidar os colegas de trabalho a escrever um cartão carinhoso para a volta da pessoa de luto ao trabalho;
- Em caso de falecimento, ir ao velório é importante mesmo que seja para apenas abraçar e chorar junto. Se não for possível estar presencialmente com a pessoa, enviar flores e um bilhete pode fazer a diferença nesse momento tão difícil;
- Trocar a frase “se eu puder ajudar em alguma coisa, me avisa” por “estou aqui, o que posso fazer?”;
- Ajudar a pessoa a se lembrar das coisas boas que a vida tem mesmo em momentos de desânimo – porém não forçar a barra em momentos de crise;
- Se a perda for de alguém que também é do seu convívio, fazer um álbum com fotos e lembranças e dizer que está pronto; quando a pessoa quiser ver, você a presenteia;
- Presentear a pessoa com uma sessão de massagem, de tarô, de yoga, de manicure ou qualquer outra coisa que desestresse um pouco;
- Dar espaço se você conhecer muito bem a pessoa e souber identificar quando ela precisa ficar sozinha sem falar com ninguém por umas horas ou talvez dias;
- Na dúvida sobre como agir – ou se não tiver muita intimidade com a pessoa -, oferecer um abraço é melhor que não fazer nada.

O luto é uma reação emocional a uma perda significativa, isto é, é um conjunto de reações emocionais, físicas, comportamentais e sociais que aparecem como resposta a uma perda, seja real ou imaginativa (perda de um ideal, de uma expetativa), com etiologia múltipla (diversos acontecimentos podem desencadear um processo de luto):

 

• A morte de alguém significativo;

• O fim de um relacionamento significativo;

• Alguém próximo que está a experienciar uma doença crónica ou terminal;

• A perda de fatores importantes na vida (e.g. segurança económica, emprego);

• A morte de um animal de estimação;

• Uma mudança negativa no que diz respeito à saúde ou funcionamento físico e psíquico

 

Os cinco estágios do luto.

 

A primeira pessoa a falar sobre as cinco fases do luto foi a psiquiatra suíça-americana, Elisabeth Kübler-Ross (1926 – 2004). 

Ela dedicou a sua carreira a estudar as reações emocionais de pacientes terminais, principalmente de câncer e de AIDS, oferecendo lhes escuta em momentos de solidão e medo. O seu objetivo era humanizar o tratamento desses pacientes em hospitais e clínicas, além de educar uma nova geração de médicos sobre a morte e o luto de familiares. 

Em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”, Elisabeth escreveu sobre os cinco estágios do luto. Ela entrevistou pacientes e familiares, buscando compreender a sua relação com a iminência da morte e a aceitação da perda.

 

As cinco fases do luto não são vividas linearmente, como se costuma acreditar. Cada indivíduo enlutado passa por essa experiência de modo singular, de acordo com as suas competências emocionais e história de vida. Não há regras para viver o luto. 

Além disso, de acordo com as pesquisas de Elisabeth, a pessoa que está com uma doença em fase terminal também passa pelo processo de luto até aceitar a sua condição. Portanto, os cinco estágios abaixo também condizem com esse cenário.  

 

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Ajudas adicionais.

 

O luto e a morte, embora temas tabu na sociedade, são inevitáveis. Numa fase mais precoce ou mais tardia da vida qualquer um se confronta com a sua presença. Nesse sentido, e sendo cada vez mais reconhecida a importância de um processo de luto normal e a presença de casos de luto patológico, são também cada vez mais comuns grupos de apoio que visam ajudar os enlutados a lidar com as questões da perda. Os grupos de apoio ao enlutado são eficazes dado oferecerem o apoio emocional que o indivíduo em processo de luto procura, assentando principalmente, na partilha de vivências, daí a sua importância (potencia que o enlutado fale e tal como referido o ato de falar é para o luto). Neste sentido, pode ser útil sugerir que o sujeito em processo de luto procure um desses grupos. Embora em alguns casos alguns sujeitos tenham dificuldade em aceitar a sugestão, devendo tal ser respeitado, para outros há uma atitude recetiva, acabando por ser a experiência bastante benéfica. Geralmente, a convivência com um familiar ou amigo que está em processo de luto é complexa. Não saber o que dizer ou como agir são reações comuns e receios frequentes. Embora não existam regras infalíveis e casos standart, pois cada processo de luto é um processo de luto com características próprias, algumas expressões deverão ser evitas e outras podem auxiliar quem está em sofrimento.

 

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